terça-feira, 14 de maio de 2013

RECOMEÇAR





    É um título clichê, eu sei. Assim como eu sei das inúmeras vezes que eu tentei fazer isso e falhei. Sim, eu falhei. Já não é mais tão difícil admitir, tendo em vista que eu já “quebrei a cara” inúmeras vezes.

Acontece mais ou menos assim: Acordo de bom humor e digo que nada vai atrapalhar o meu dia, mas adivinha? Sim! As coisas mais bobas me irritam e eu já fico “estragada”.

Pessoas normais ficam irritadas, eu sei. Mas eu queria saber como isso afeta a vida a vida delas. Como elas reagem a isso?

Quando é no fim do dia eu me agarro a esperança de que eu vou controlar meu temperamento. No outro dia, advinha?! Sim. Eu falho.

Você também é assim? É muito estresse para pouca idade, não é?! E isso só representa uma pequena fração dos problemas da vida. Principalmente aqueles em que não se pode falhar e acaba falhando.

Hoje foi um dia assim. Eu nem sei o que dizer em uma hora dessas. Devo tentar recomeça? Ou tenho que admitir que eu sou assim? Mas por que eu sou assim? No fundo eu sei os meus motivos e você sabe os seus.

Motivos bobos, fúteis, graves... Faz parte de ser humano. Imperfeito. Mas faz parte também tentar de novo. Uma, duas, infinitas vezes. Afinal, uma hora vai ter que dar certo, não é?!


As vezes a melhor tentativa é não tentar, apenas deixar acontecer.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Asas de borboleta





       Ela tinha oito anos. Cabelos compridos, olhos castanhos e pele clara. Gostava de deitar sobre a grama e ficar observando o céu, as nuvens e os pássaros... Imaginava como a vida seria anos mais tarde. Fechava os olhos.


    Fechava os olhos para um céu perfeito. Um mundo perfeito. Um lugar perfeito. Fugindo da realidade. Um lugar onde ela pudesse fazer as pessoas sorrirem dando-lhes chicletes coloridos...


     Os anos se passaram. As coisas ficaram difíceis. Chicletes coloridos não resolviam nada. Tentativas frustradas. Asas quebradas. As lágrimas cada vez mais pesadas.


     Ao deitar-se para dormir, refugiava-se no mundo que havia imaginado. Fechava os olhos e voava. E mesmo quando as noites eram escuras demais, no mundo dela o sol brilhava forte. Um lugar que ela poderia chamar de paraíso. Com a certeza de que um dia ele se tornará realidade.